Cinco reflexões reveladoras do homem mais rico do Brasil

Durante o Encontro Anual da Fundação Estudar, que aconteceu em São Paulo no dia 7 de agosto, o empresário Jorge Paulo Lemann, um dos principais nomes do mundo dos negócios do Brasil e um dos fundadores da instituição, palestrou para uma plateia de 150 bolsistas e ex-bolsistas, os Líderes da Fundação Estudar.

Confira cinco reflexões do empresário sobre carreira, negócios e suas metas de vida:

 1 – A importância de assumir riscos durante a vida

“A minha convivência com o risco é maior do que a da média, então eu acredito que as pessoas tomam pouco risco, deveriam tomar mais. Eu tenho essa tendência porque fui criado com muita liberdade, meu pai morreu cedo, minha irmã é mais velha e eu estava solto para me virar por conta própria. Isso me deu aptidão para tentar e arriscar mais coisas. Nunca fui um estudioso que analisasse demais as coisas e tenho notado que pessoas mais preparadas fazem milhões de análises e estudos e, fazendo isso, não se arriscam. É preciso lembrar que você não faz nada grande, se você não se arriscar”.

2 – Dinheiro como forma de medir os resultados

“Para mim, dinheiro é uma maneira de medir resultado, até certo ponto. Quem me conhece bem sabe que eu não sou gastador. O dinheiro é moeda para fazer mais negócios. É uma maneira prática de ver se você está ou não tendo sucesso. Eu tenho diversos projetos na área filantrópica que tenho muito prazer em fazer, mas sinto falta de não poder medir, como eu posso nos negócios, se está ou não tendo resultados. Dentro dos objetivos empresariais, é apenas uma forma de medição”.

 3 – Brasil e as possibilidades para empreender

“Se eu fosse começar um negócio hoje, seria no ramo da tecnologia. Sou fascinado por tecnologia, apesar de não me considerar preparado. Da mesma maneira que entrei no mercado financeiro porque vi oportunidade de inovar, hoje em dia vejo as novidades pelo Vale do Silício e ia tentar alguma coisa nessa área. No Brasil temos um atraso tecnológico e uma grande demanda. Acredito que eu buscaria um nicho para crescer, porque o Brasil tem muito espaço para crescer”.

4 – Metas futuras para os negócios

“Se eu tivesse que ter uma meta, agora, seria que tudo isso que nós construímos juntos, Beto Sicupira, Marcel Telles e eu, tivesse longa durabilidade. E isso não é simples, porque é necessário um processo onde as melhores pessoas sejam escolhidas para trabalhar junto e que essas pessoas continuem escolhendo as melhores pessoas. No meio disso, temos as famílias que vão ter um papel nesse processo, conduzir nossos esforços filantrópicos”.

5 – O sonho grande

“O sonho grande é uma inspiração para todo mundo. Quem quer montar alguma coisa tem que trabalhar com e para outras pessoas. É compartilhado, para pessoas participarem junto com você. E é importante. As pessoas precisam encontrar isso, alguma coisa que gostem, que os motive e que o mundo entenda”.

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Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama.

Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.